Diz-se que estamos diante uma crise de fé. A crise de fé é católica. Muito se fala na falta de princípios morais que impera cada vez mais em quase toda a parte.
Como a maioria dos portugueses, fui educada como católica. Fiz toda a catequese, fui escuteira do CNE (parte do Escutismo Católico Português), crismei-me e ainda andei mais alguns anos no grupo de jovens da minha paróquia. Com a vinda para a universidade, houve uma diversificação dos meus interesses, consequente falta de tempo e deixei de fazer parte integrante da comunidade católica.
Passei, também por vários momentos em que questionei o que me ensinavam na Igreja, obviamente. No entanto, cheguei à conclusão que a minha fé, é minha. Não é de mais ninguém. É a mim que é suposto fazer sentir bem e a mais ninguém. Desde que a minha fé não incomode mais ninguém, ninguém tem nada com isso.
São poucos os hábitos católicos que me restam. Não me confesso, à excepção de quando na missa digo: “Confesso a Deus Todo-poderoso, e a vós, irmãos….”, não comungo porque não me confesso, e salvo ocasiões especiais (casamentos, baptizados, funerais e afins), vou à missa uma vez por ano. Normalmente vou à Missa do Galo. Na altura em que comecei com essa tradição, o propósito era tudo menos católico (era mais uma desculpa para poder sair de casa e fumar um cigarrinho), mas a verdade é que tornou-se um hábito que me fazia sentir bem.
Este foi o primeiro ano que passei o Natal fora de casa. Como as tradições variam de família para família, e nesta família a tradição é abrir os presentes à meia-noite, num ritual que se prolonga noite dentro, não dá muito jeito sair a meio para ir à missa. Tratando-se de uma cidade portuguesa, de interior e obviamente maioritariamente católica, pensei que não teria qualquer problema em encontrar uma igreja que desse missa no dia 24 de Dezembro, digamos assim pelas 18h ou 19h. Enganei-me! O problema foi encontrar uma igreja, uminha que fosse, ABERTA!!! Dia 24 de Dezembro, nenhuma das igrejas da cidade da Guarda estava aberta. Nem dia 23… Nem a Sé, património Mundial ou lá o que é… Portas fechadas, sem nenhuma indicação de horários de missas. Dizem que é por causa dos roubos… Sinceramente!!! Natal, cidade cheia de turistas que queriam ver de perto a obra gótica, deram todos com o nariz na porta!
Eu, espero ter mais sorte no dia 31… Pode ser que em Santa Cruz não tenham assim tanto medo dos ladrões ou que ao menos ponham à porta uma indicação dos horários das missas… Senão, tenho a tristeza de anunciar que passarei o ano sem cumprir a minha tradição. Não por minha culpa, não por falta de fé, mas por falta de quem me abra as portas da Casa do Senhor!
Como a maioria dos portugueses, fui educada como católica. Fiz toda a catequese, fui escuteira do CNE (parte do Escutismo Católico Português), crismei-me e ainda andei mais alguns anos no grupo de jovens da minha paróquia. Com a vinda para a universidade, houve uma diversificação dos meus interesses, consequente falta de tempo e deixei de fazer parte integrante da comunidade católica.
Passei, também por vários momentos em que questionei o que me ensinavam na Igreja, obviamente. No entanto, cheguei à conclusão que a minha fé, é minha. Não é de mais ninguém. É a mim que é suposto fazer sentir bem e a mais ninguém. Desde que a minha fé não incomode mais ninguém, ninguém tem nada com isso.
São poucos os hábitos católicos que me restam. Não me confesso, à excepção de quando na missa digo: “Confesso a Deus Todo-poderoso, e a vós, irmãos….”, não comungo porque não me confesso, e salvo ocasiões especiais (casamentos, baptizados, funerais e afins), vou à missa uma vez por ano. Normalmente vou à Missa do Galo. Na altura em que comecei com essa tradição, o propósito era tudo menos católico (era mais uma desculpa para poder sair de casa e fumar um cigarrinho), mas a verdade é que tornou-se um hábito que me fazia sentir bem.
Este foi o primeiro ano que passei o Natal fora de casa. Como as tradições variam de família para família, e nesta família a tradição é abrir os presentes à meia-noite, num ritual que se prolonga noite dentro, não dá muito jeito sair a meio para ir à missa. Tratando-se de uma cidade portuguesa, de interior e obviamente maioritariamente católica, pensei que não teria qualquer problema em encontrar uma igreja que desse missa no dia 24 de Dezembro, digamos assim pelas 18h ou 19h. Enganei-me! O problema foi encontrar uma igreja, uminha que fosse, ABERTA!!! Dia 24 de Dezembro, nenhuma das igrejas da cidade da Guarda estava aberta. Nem dia 23… Nem a Sé, património Mundial ou lá o que é… Portas fechadas, sem nenhuma indicação de horários de missas. Dizem que é por causa dos roubos… Sinceramente!!! Natal, cidade cheia de turistas que queriam ver de perto a obra gótica, deram todos com o nariz na porta!
Eu, espero ter mais sorte no dia 31… Pode ser que em Santa Cruz não tenham assim tanto medo dos ladrões ou que ao menos ponham à porta uma indicação dos horários das missas… Senão, tenho a tristeza de anunciar que passarei o ano sem cumprir a minha tradição. Não por minha culpa, não por falta de fé, mas por falta de quem me abra as portas da Casa do Senhor!

Sabem qual é a diferença entre a Sé da Guarda e a da foto??? Na verdade, a igreja da foto é a Sé da Guarda... A diferença é que por este dias aquela porta está FECHADA!!!
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