quinta-feira, julho 03, 2008

Já não se escrevem cartas de amor - Mário Zambujal



Acabei de o ler ontem, no Metro, a caminho de casa. Gostei.


É dos meus autores preferidos. Gosto do estilo. É, sem dúvida, um contador de histórias, que nos narra as peripécias das suas personagens num tom quase radiofónico. Quase à moda das rádio-novelas. Estamos a ler/ouvir e a imaginar tudinho na nossa cabeça, mesmo o que não está lá escrito. Transcreve os ambientes de forma simples, eficaz, mas com a elaboração necessária para que “entremos na personagem” do espectador tipo big brother, questionando qual será a próxima peripécia que sairá da caneta do autor.


Dele, li “Crónica dos Bons Malandros”, “Primeiro as Senhoras – O último dos bons malandros” e agora o "Já não se escrevem cartas de amor". Digo “li”, como eufemismo, pois na realidade devorei-os…


Comprei o livro na feira-que-esteve-quase-para-não-ser-do-livro. Estavam lá o Mário Zambujal e o Júlio Magalhães em sessão de autógrafos. Decidi aproveitar. Na realidade, mais pelo Mário Zambujal que pelo Júlio Magalhães. No entanto, quase não consegui dirigir palavra ao Mário Zambujal, não só pela simpatia do Júlio Magalhães, mas também porque tive uma daquelas crises de vergonha tipo criança, não conseguindo articular as palavras que queria: "Gosto muito dos seus livros. Proporcionam-me momentos de alegria, tristeza, compreensão, risada, descontração. Acho que tem o dom da palavra escrita, da criatividade e da boa disposição e acho incrível como consegue pôr isso à disposição do leitor sem se tornar uma pseudo-estrela. É um contador de histórias! Obrigada!".
Sei que o Mário Zambujal nunca irá ler isto... mas quero deixar-lhe aqui o meu muito obrigada!

Miau!

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